Caraca, eu deveria ter respondido isso faz tempo…
1 - Problemas que não são problemas
Desculpa a pergunta, mas qual é a nossa situação atual do Circuit?
Eu sugeri o Trello porque pelo eu que tinha conversado dentro do grupo, em especial com o Wil. O projeto me parecia que estava andando…
Mas bem, para a questão: É muito difícil sugerir soluções/comentar problemas sem ter uma noção detalhada do que está acontecendo. Quando vejo vocês nos pcs do outro lado da mesa, tenho a sensação de que estão trabalhando. (Por isso que eu olho por trás de vocês de vez em quando, para confirmar)
Eu não sei quem está vindo e para que, como está o status preciso da áreas de trabalho que criamos etc.
2 - A lenda de 2010
Hoje e ontem são duas situações diferentes. Não podemos sair comparando as duas no bruto assim, precisamos de muito mais contexto para chegar a uma conclusão.
3 - Descontinuidades
Da minha parte, eu estou (ainda) focado naquele meu joguinho de naves e meu RPG tático que comentei com alguns. Eu comecei a estudar programação com o Wil nas reuniões para ter uma base melhor para fazer os mesmos. (E ok, para me lembrar como é que programa XD). E o Circuit sempre foi pra mim algo beeem secundário, só para ter experiências de equipe.
Ah e sobre a palestra, eu terminei a lógica dela, mas concluí que não parece algo interessante para programadores. Eu preciso fazer um test-drive com alguém.
Voltando ao assunto…
Do que eu posso ver do grupo nós tivemos sempre um foco voltado a projetos. E isso se mostrou um desastre agora no Circuit of Mana.
Eu proponho nós mudarmos isso para uma visão voltada à valores, em vez de pensarmos que o projeto deve andar pra frente, vamos focar em “O que eu ganhei indo no GameDev hoje?”.
Eu não trabalhei no Circuit até agora (tirando uma discussão de gameplay) e desde que eu voltei:
- Aprendi sobre recursão em trabalhos científicos e como funciona eye tracking com o Omar
- Entendi máquina de Turing e compile com o Wil
- Aprendi (ou não, tenho que testar) como ver matrizes com o Vinícius e o Wil
- Descobri como funcionam anotações de desenho de arquitetura e design com o Chic0 e o Daniel
- Discuti precificação no Humble Bundle com o Miojo
- O Henrique mandou um artigo que explicou o que eu queria visualmente com P.A.
E posso me dizer satisfeito com o grupo, pelo menos o suficiente para voltar no dia seguinte.
Sendo mais provocativo: O objetivo do USPGameDev não deveria ser “Fazer jogos”, vocês podem falar o contrário, mas aposto que todo mundo pensa em resolver essas questões só para fazer o jogo que todo mundo queira: leia-se Circuit. Não é a toa que pessoal dispersa, o que eles ganham fazendo o jogo? Eu sinto que o pessoal quer joga-lo e não faze-lo…
Para vocês terem um noção melhor do que eu estou falando: Existe na FEA um grupo chamado Fea Consulting Club, FCC, apesar do nome, eles não fazem consultoria, eles estudam como entrar em grupos de consultoria e como realiza-la.
Eu digo que esse estilo encaixa melhor com o grupo, em especial porque levamos quase todos os projetos como algo pessoal.
Eu gostei da idéia do Henrique, vamos liberar os trabalhos e transformar o projeto num frankstein, me parece mais simpático para trabalhar. Se quisermos ter uma base melhor para começar os trabalhos, vamos reviver o Horus Eye.
4 - As reuniões não são dedicadas ao grupo
Eu queria ter parado vocês nessa quinta-feira para comentar sobre todos esses problemas que estão no fórum, mas, como já comentado a cima, vocês me parecem ocupados, em especial os do mestrado que estão apertados com o tempo.
Esse receio sempre me ocorreu. Provavelmente vocês de prog. devem estar muito mais acostumados com isso, mas eu sempre tenho dificuldade.
Muitas vezes o pessoal para para jogar, antes era Magic, agora é Heartstone e Star Empires. Eu assisto vocês jogando pra entender mais sobre como jogadores se comportam, mas tirando esse aproveitamento forçado, não há utilidade nisso. Pior, acabou desvirtuando o motivo de irmos no grupo (Uma vez comentaram para por na Homepage “Nós desenvolvemos jogos e jogamos Magic”), sempre ficamos com um certa sensação de incompetência e principalmente estragamos a imagem do grupo perante nós mesmos ou quem visitar-nos.
Entretanto, eu não vejo problema em ceder espaço para questões importantes como trabalhos e EPs, isso é bastante simpático e dependendo da sorte e curiosidade a gente aprende algo novo ou ajuda.
5 - Novas gerações
Três coisas:
a- Provavelmente a turma 2013 está com uma imagem negativa da gente.
b- Nós não temos nenhum trabalho decente de recrutação de membros
c- Nós não temos um projeto de administração
a) Eu concordo com o Omar de que eles estão nos evitando, eu tomei uma surra do Dobby no Go e ficou bem evidente de que ele não está apertado com horários.
Durante o período que estive aqui eu soube que o grupo 2013 fez um trabalho, o Phycoball, (Pergunta: O Naomi é deles?) e no ano seguinte não teve muito progresso trabalhando com todo o restante do pessoal.
Não ficaria surpreso que eles tenham se ejetado do grupo, se eles trabalham melhor desagregados do grupo,eu não viria no mesmo.
E também tem o fato de perdemos a C-10, aqui foi baque na moral de todo mundo.
b) Isso é realmente sério, os grupos de extensão que tentei me candidatar tinham todos no mínimo 100 inscritos e operam com entorno de 50 pessoas, claro, eles são forçados a selecionar. Nós recebemos “10” e nem vi eles nessa quinta-feira…
É importantíssimo nós conseguirmos mais “mão-de-obra”, se não, como vamos tacar qualquer projeto que façamos pra frente? Me lembro de ter feito alguns cálculos com o Chic0 há muito tempo (e posso estar com minha memória falhando) e considerando o estilo do grupo nós temos 4~8 horas semanais de trabalho-técnico-membro, versus 40+ de alguém dedicado.
Outra coisa que vivo ressaltando: O grupo está extremamente assimétrico pro lado de programação por só fazermos campanha no IME, eu gostaria de muito mais vegetais na minha sopa.
c) Check tópico 10
@Wil - Eu sei que você acredita que o grupo terá continuidade porque você pretende mantê-lo durante seu doutorado, mas porcaria, eu não sei se você vai poder mantê-lo com um membro só…
6 - Como “decidir” quem está disposto ou não
Nós estamos segurando qualquer progresso com duas desculpas:
- A equipe não se movimenta porque a equipe não se movimenta. (Sério, a gente usa essa recursão como explicação constantemente)
- A equipe não se movimenta porque não havia um projeto interessante para juntar todo mundo.
Bem, o Circuit não me parece que funcionou pra motivar o pessoal.
Eu sou a favor da “elitização” do grupo, não por fazer “justiça” pra quem está fora, mas sim pra quem está dentro!
Eu não gosto de ser impedido em avançar em um projeto por alguém que não está contribuindo com o mesmo.
Além disso adicionar uma recompensa a quem participa: Poder moldar o produto a seu gosto.
Eu não acredito que tenhamos que salvar todo mundo, se a pessoa ficar de fora ela mesmo tem que compensar isso.
Sendo mais direto: Quem quer, que corra atrás. É o princípio básico do interesse, não?
A barreira pra compensar o atraso depende da própria pessoa. Nós estamos sendo bastante intransigentes em relação ao que cada um quer trabalhar, e parece que ninguém cede, pior, assumimos que quem está fora não vai colaborar se mudarmos as coisas.
Sério, os projetos que fizermos aqui vão sair moderadamente ruins e não vão ser trabalhados eternamente, não tem motivo nós querermos fazer super negociações complexas para eles.
7 - Oportunidades perdidas
Eu tenho vontade de responder os e-mail que recebo de ofertas, mas como eu não sou o representante ou o cérebro, eu não faço.
Eu deveria consultar o Wil e o Vinícius sobre qual é o posicionamento e escrever pra eles.
Obs: Estou usando evento no sentido randon stuff.
Temos três coisas aqui: Temos os que perdemos, os que não queremos participar e os que podemos criar!
E em nenhum deles nós estamos fazendo algum trabalho… mas digo que primeiro temos nos restruturar como grupo antes de começar a responder a maioria deles.
8 - Espaço
a) Espaço para discussões
Eu particularmente prefiro o lab 16 a C-10. Lá nós ficávamos a cima da vivência. Tínhamos que aturar o péssimo som das cervejadas da POLI e que eu me lembro o sol batia nas nossas caras.
Aqui no lab 16 tem cadeiras mais acolchoadas, uma cafeteira, quebra luz, um ar de limpo, fica no meu caminho pro bandejão e dando sorte tem uns gameplays de Touhou! <8D
Mas a sala não tem espaço para uma expansão do grupo… não tem como conseguirmos uma sala que nem aquela só pra a gente?
b) Espaço para apresentações
Não vejo problema em pedir as salas de apresentação, dependendo da sorte a gente angaria uns curiosos para as reuniões.
c) Espaço para trabalhar
Primeiro, pessoas com note vão pro hall pra abrir mais algumas máquinas.
Segundo, arranjem mais notes.
Terceiro, decrete resolvido! XD
Falando sério: Tem muitos trabalhos que não precisam do computador, temos que começar a distingui-los.
Não vejo problema em trabalhar com gente de fora do grupo (tanto no lab como no bcc e quem sabe na C-10), é mais contato e publicidade pra gente… e nós não falamos de assuntos que deveriam ser top secret pra pedir privacidade.
9 - Comunicação Interna
Ninguém sabe como está o status da comunicação… oh crap…
Nós temos uma certa organização de comunicação aqui:
E-mail : Conversa rápida
Fórum : Organização e discussão, mais histórico de médio prazo
Wiki : Apresentação mais formal de assuntos e histórico de longo prazo de assuntos importantes
E apesar de termos os meios, o grupo não tem disciplina para usa-los tanto que ficou evidente pela recusa de usar o Trello. Pode ser que a fonte seja a falta de uso dos mesmos, ou da falta de mais rigidez. (Tracker… cadê você?)
NEW 10 - Não há projeto de grupo
Uma consequência de nós focarmos em projetos é que ninguém se preocupou com a organização do grupo! Deixamos tudo no automático para o Wil e o Vinícius. Eu queria assumir esse papel, porcaria, eu estudo administração, mas nunca consegui achar uma maneira de abordar isso pois nunca foi decretado que eles são os admins. A minha única tentativa desorganizada foi aquela divisão hierárquica que fiz e mandei por e-mail.
A resposta foi de o grupo ser anárquico e eu acreditei, mas agora que o Omar falou, é bem claro que os dois são nossos líderes e estamos sem plano para uma possível e eminente sucessão.
Com certeza precisamos reconfigurar todas as nossas políticas. O que funcionava em 2010 não pega em 2015, estamos em outra situação e não temos recursos organizacionais, técnicos, e físicos para levar o Circuit of Mana ou outro projeto de porte pra frente.
New 11 - Problemas com o espírito indie
Quando falei com o Miojo essa quinta sobre saturação do mercado de games ficou evidente uma coisa: A visão de indie dos veteranos é de 2010. Nesse tempo os indies estavam começando a ganhar fama e eram vistos como algo extremamente autoral. Além disso, nós temos uma certa visão de filme sobre a produção, que tudo dará certo no final e fazer um game é “mágico” e feliz.
Eu posso dizer que essa linha de pensamento não é mais a realidade e em especial não é compatível com o GameDev, nós estamos constantemente esperando o outro para respeita-lo.
Prova disso? Gastamos metade ou mais de um semestre inteiro para decidir um tema comum a (quase) todos, isso é muita produção desperdiçada. Dava pra fazer um projeto pequeno/médio bom com isso!
Nós não conseguimos tomar atitudes sobre assuntos mais pesados sem ficar com receio. Vinícius, você não deveria pedir desculpas, você levantou questões importante e isso não é mimimi.
Chega de tentarmos ser respeitosos artificialmente, nós estamos todo o dia pensando que o grupo não produz e não debatemos isso porque achamos que vamos machucar alguém.
Se um dia nós quisermos ser profissionais, na área de video-game ou em qualquer outra, nós temos que aprender a lidar com a insatisfação na cara mesmo, se não todo santo dia a gente vai acumular atrito e então a máquina para.